Plenária da Fenajufe não vota alterações no Estatuto: participantes avaliam
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016.
Ocorreu entre os dias 24 e 27 de novembro, em Brasília, a XX Plenária Nacional Extraordinária da Fenajufe. Ao todo foram credenciados 169 Delegados e 49 Observadores, totalizando 218 participantes. Das entidades filiadas, 25 sindicatos estiveram presentes na plenária. O Sintrajurn participou com uma delegação de sete servidores que avaliaram como positivo o debate, entretanto, pouco produtivo, pois o ponto principal que seria a votação na mudança do Estatuto não foi concluído.
Conversamos com alguns dos participantes para saber suas impressões sobre o evento. O servidor da Justiça do Trabalho, Janilson Carvalho destacou o Plano de Lutas da Categoria como ponto positivo, pois inclui tanto os interesses como categoria quanto os sociais. O destaque ficou, principalmente, no que concerne a saúde dos trabalhadores. "Uma coisa que me preocupa é a saúde do trabalhador, pois estamos diante de novas tecnologias e o sindicato precisa acompanhar e ter essa questão como preocupação. o quadro está envelhecendo e a maioria dos trabalhadores tem 25 anos de serviço", avaliou. "Nos tribunais estamos brigando por uma jornada seis horas, mas tem que ter qualidade de trabalho. Não adianta trabalhar seis horas com equipamento ruim, desconforto, assédio. Todo ambiente nocivo influencia nessa qualidade", afirmou.
Para o servidor do TRE, Leandro Gonçalves, essa Plenária tinha um peso grande pois deveria tratar da estatuinte, coisa que o Congresso não havia conseguido por ficar focado nas eleições da Entidade. Para ele o Plano de Lutas não foi discutido a contento. "A reforma era urgente e acabou relegada pra segundo plano. A sensação que fica é uma frustração muito grande", declarou.
Para o servidor aposentado da Justiça Federal, Carlos Pinheiro, a Plenária foi positiva pois teve avanços pontuais e específicos como votações para nível superior para técnicos e questões de gratificação dos agentes de segurança. "Foi aprovada a criação de núcleos de aposentados e pensionistas para tentar aproximá-los dos Sindicatos", destacou.
Luiz Carlos Ferreira, coordenador-geral do Sintrajurn (que esteve na Plenária antes de tomar posse), avaliou a experiência como positiva, porém pouco produtiva. "Não conseguimos fazer nenhuma alteração no estatuto, mas aprovamos resoluções boas, inclusive envolvendo o tema do NS. No geral, as discussões estiveram muito ligadas à ideologia político-partidária. Nas próximas, precisaremos reivindicar pautas para o servidor, e não apenas político-partidárias", avaliou.
Além deles também estiveram em Brasília os servidores Andréa Protásio (TRE), Francisco Clayton (JF) e Idalmo Costa (TRT).
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