Sindicato dos Trabalhadores do
Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

Representantes do RN analisam Plenária da Fenajufe

quinta-feira, 9 de agosto de 2018.

Durante a Plenária Nacional da Fenajufe ocorrida entre os dias 3 e 5 de agosto em Salvador (BA) foram discutidos importantes temas para a classe trabalhadora brasileira. Inicialmente foi feita uma análise de conjuntura, onde foi destacado o desenfreado ataque aos trabalhadores que vem sendo executado pelo Governo Federal. Também foi apresentada a prestação de contas da entidade e por fim definido um calendário de lutas que deverá abranger o Dia do Basta, em 10 de agosto, em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores (convocado por várias centrais sindicais) e o Bota Fora de Carmem Lúcia, em 12 de setembro, em Brasília. O Sintrajurn participou do evento com quatro delegados (Leandro, Silvana, Carlos Pinheiro e Cláudio Bulhões) e dois observadores (Max e Janilson).
"A Fenajufe precisa evoluir, tanto na defesa dos diretos do cidadão e do ser humano em geral quanto na defesa do PJU. A forma de trabalho da Fenajufe está atrasada em pelo menos dois mil anos. Precisa realmente rever todos os seus métodos e uma reconstrução com urgência. É uma Entidade que precisa ser revista e reconstruída para, quem sabe, conseguir algum benefício real para os servidores. Se mantendo desse modo não passa de mais uma falácia que engodo", avaliou o servidor do TRE Leandro Gonçalves.
"O que ficou de mais marcante nessa Plenária foi a necessidade de união de todos os servidores para enfrentarmos as sérias ameaças que estão aí colocadas. A emenda constitucional nº 95 [teto dos gastos públicos] precisa ser revogada, e somente com muita união, não só dos servidores públicos, mas de todos os trabalhadores, é que poderemos criar o fator político forte o suficiente para conseguirmos derrubar essa sandice imposta por um corrupto que não se elegeu prometendo nada disso! E, dentro dessa luta, duas datas próximas já estão marcadas para atuarmos: 10 de agosto e 12 de setembro. O SINTRAJURN precisa estar presente e chamar a categoria para essas e outras atividades que virão! Não somos uma ilha, isolados da realidade. Estamos no mesmo barco, junto com os demais servidores e com toda a sociedade brasileira, que irá sofrer terrivelmente se não conseguirmos derrubar essa diabólica emenda constitucional! Não podemos estar ausentes das barricadas da resistência!", defende Max Foeppel, também da Justiça Eleitoral.
Já o servidor aposentado da Justiça Federal, Carlos Pinheiro, se assustou com a dificuldade financeira enfrentada pela Entidade. "Na prestação de contas chamou atenção eles terem avaliado que, com a saída de dois sindicato, a Entidade irá quebrar. Eles trabalharam seis meses no vermelho, dois meses depois melhorou um pouco mas não cobriu", disse. Para ele houve um avanço nas discussões, mas a quantidade de pendências que se mantém ao final do evento é grande.
Para Silvana Gruska, também da Justiça Federal, o calendário de lutas foi um dos destaques do evento. " É importante a categoria saber que não adianta lutar apenas pela data base, pois sem a revogação da EC 95, que limita os gastos públicos por 20 anos e implica num congelamento real das despesas do Governo Federal, ela não virá, como também o servidor público não terá qualquer reajuste ou recomposição salarial. Daí a suma importância dessa luta e a necessidade do engajamento de todos para sua revogação", avalia. E acrescentou: "creio que a plenária melhorou em alguns aspectos, priorizando a organização e pontualidade dos trabalhos (...), importante também foi o reforço ao calendário de lutas, que pode ser conhecido na página da Fenajufe, o qual destaco a construção do 12 de setembro, com ato a ser realizado em frente ao STF, em Brasília, dia da posse de Dias Toffoli como presidente desse tribunal, oportunidade em que os servidores irão exigir atenção às reivindicações da categoria, entre as quais a data-base".
O Coordenador-geral do Sintrajurn, Cláudio Bulhões, também fez sua avaliação do evento:
"Na minha opinião a Fenajufe está contaminada e aparelhada com um sindicalismo político partidário que engessa toda a conquista da categoria! Para mim, a Fenajufe deveria trabalhar como uma empresa privada, com metas e prazos determinados! Vejamos bem: Os próprios tribunais avançaram muito em suas conquistas quando se estabeleceu metas perante os seus diversos órgãos! Toda a estrutura da Fenajufe está falida, a iniciar pelo modelo de Plenaria que não trás as verdadeiras demandas da categoria! Para mim, enquanto tivermos pessoas envolvidas em partidos políticos e trazendo projetos políticos partidários para dentro da Fenajufe, a nossa categoria não avançará e não adianta ficar esperneando por aqui! Contudo já existe uma luz no final do túnel, pois muitos sindicatos estão descontentes com a atuação da Fenajufe e ameaçam de forma organizada a desfiliação em massa, caso os trabalhos continuem funcionando da forma como está! Entendo cada vez mais necessário a participação dos colegas que ainda não são filiados a se filiarem ao Sintrajurn, pois somente com um sindicato de base forte poderemos um dia tentar mudar a situação perante a Fenajufe! Por isso acredito que a melhor solução é você sindicalizado tentar convencer seu colega de trabalho a encampar essa nova era do sindicalismo de base! No mais, só tenho a desejar paz e prosperidade a todos!"
Para o servidor Janilson Carvalho, do TRT "a Plenária é sempre um momento importante, pois possibilita uma análise da situação real que atinge os servidores no trabalho e no âmbito geral do país. Nela, ficamos sabendo que não teremos trégua e que só a união de todos os trabalhadores poderá reduzir os danos planejados pelo governo contra os servidores. A última parcela do PCS (que já foi devorado pela inflação) será paga em janeiro e não há, no momento , nenhuma proposta de atualização em pauta. O governo vai usar como espada a Emenda Constitucional 0095/2016(teto de gastos) para barrar qualquer proposta de reajuste. A grande luta dos servidores começa com a retirada dessa emenda ou uma alteração profunda nos artigos que estabelecem o congelamento das despesas relacionadas com os salários. A FENAJUFE tem um trabalho gigantesco pela frente e precisamos fortalecê-la cada vez mais. Precisamos entender que os governos detestam multidões nas ruas e só recuam quando reconhecem a união dos trabalhadores. Precisamos passar com a banda e não ver apenas a banda passar. ", avaliou.





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