Sindicato dos Trabalhadores do
Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

Suspensa greve dos servidores do Judiciário Federal no RN

sexta-feira, 5 de setembro de 2014.

Os servidores do Poder Judiciário Federal, reunidos em assembleia na manhã desta sexta-feira (05), deliberaram pela suspensão da greve no Rio Grande do Norte a partir deste sábado (06), mantendo o estado de greve e enviando, na próxima quarta-feira (10) para Brasília, 11 servidores para participar do ato no Supremo Tribunal Federal, durante a solenidade de posse do ministro Ricardo Lewandowski como presidente do STF.

O objetivo do ato é garantir visibilidade nacional às reivindicações da categoria para reforçar a necessidade do início das negociações entre o Poder Judiciário da União e o Governo Federal, a fim de garantir um acordo para o reajuste da categoria, conforme valores constantes no PL 7920 enviado ao congresso no dia 29 de agosto. O ministro informou que só fará qualquer ação para tratar das reivindicações dos servidores após o dia 10, quando assume o mandato efetivo de dois anos à frente da presidência, deixando a interinidade que cumpre atualmente, como vice-presidente em exercício da presidência.

A decisão da categoria, por maioria, de suspender a greve iniciada no dia 21 de agosto passado foi estratégica para não desgastar o movimento e manter as forças para as próximas etapas de mobilização para obtenção do reajuste, com a consciência de que só na luta se obtém conquistas para a carreira. Foi registrada a abstenção de voto do sindicalizado do TRT, Dennis Eliezer, que na sua declaração parabenizou toda a categoria pelo forte movimento grevista no RN. A Assembleia continuada, iniciada na segunda-feira (01) foi encerrada por volta do meio dia após a apresentação dos informes, palavra dos servidores e a deliberação.

Avaliação
No geral, os servidores informaram que saem fortalecidos e vitoriosos da greve de 16 dias no RN. A maior paralisação já realizada pela categoria no Estado. Deodoro de Araújo, lotado no TRT, chamou a atenção dos colegas para sair da greve com o sentimento de vitória pela grandiosidade da mobilização. “Nunca iríamos imaginar fazer aquele arrastão com apitaço que fizemos na Justiça Federal (na terça-feira, dia 02), nós somos mais que vitoriosos porque conseguimos algo nunca visto, estou satisfeito com o resultado”. Segundo Deodoro o que aconteceu foi algo nunca visto nos 22 anos de existência do TRT, por isso que se deve sair do movimento de cabeça erguida, com a sensação de cidadania por exercer o direito de greve que não era reconhecido.

A servidora Silvana da Rocha relatou que realizou uma reflexão para entender o momento da mobilização sem emoção, mas com consciência. “Não considero a mobilização parada com o fim da greve, considero de outra maneira, agora é hora de pressionar os políticos e o Congresso Nacional.”

Fernanda Soares informou que o momento é para mudar a forma de pressão, após a categoria ter conseguido o apoio da Amatra 21 e da Anatra, agora é ter um olhar positivo para o crescimento da consciência coletiva. “A gente conseguiu atingir muitos objetivos, tivemos repercussão nacional, fomos notícia local, no site da Fenajufe e outros estados se espelharam em nós, o próximo passo é participar do ato no STF para pressionar Lewandowski a negociar nosso reajuste e trabalhar nos bastidores, com os parlamentares”.

Cláudio Bulhões acredita que a categoria conseguiu avanços, adesão de colegas que nunca tinham participado de nenhuma mobilização. “Fico contente por ter motivado algumas pessoas a aderir à greve e agradeço a todos que estiveram presentes à mobilização”.

Para a servidora Verônica Pereira, também do TRT, a greve foi uma grande lição. “Não atingimos ainda o ganho financeiro, mas tivemos um qualitativo enorme, pessoas aqui que jamais vão deixar de lutar por seus objetivos, jamais vão abaixar a cabeça com medo de lutar, esse movimento mostrou que se deve buscar as conquistas, nada na vida vem de graça, tudo é mediante sacrifício e luta”, disse ao informar que vem da categoria dos bancários e há seis anos como servidora do Poder Judiciário Federal se sentia triste pela falta de união da categoria na busca das melhorias para a carreira.

Sintrajurn
Eraldo Morais, coordenador financeiro do Sintrajurn, também ressaltou que a categoria está mais consciente e pronta para lutar pelo crescimento da carreira e encerrou informando estar surpreendido com a garra dos batalhadores que afloraram durante a mobilização, bem diferentes de como eram conhecidos antes, desmobilizados e alheios ao que estava ocorrendo. “Vamos economizar munição para adotar novas estratégias para pressionar a negociação com o executivo”.

A coordenadora Silvana Gruska informou que a greve só teve crescimento e, ao analisar a paralisação de 16 dias, vê com satisfação vários resultados positivos do movimento no estado e no país, com uma maior conscientização entre todos da necessidade da luta constante para a valorização da carreira e com o envio ao congresso em tempo hábil do PL que contempla o reajuste da categoria. “Desde o início o Rio Grande do Norte usou estratégias inteligentes para o fortalecimento da greve e para a união entre os servidores, nós estamos suspendendo a paralisação com vitória”, encerrou.

“O movimento surtiu um efeito positivo, foi um verdadeiro resgate da dignidade do servidor público. Soubemos a hora de iniciar a greve como também a hora de suspender, tendo a conscientização do dever cumprido”, finalizou a coordenadora de comunicação do Sintrajurn, Maria Missilene.

Saldo da greve
TRT:
Na segunda semana de greve, oito varas trabalhistas suspenderam por uma as audiências deixando de ocorrer cerca de 10, 15 julgamentos por dia, algo em torno de 400 audiências canceladas.

TRE:
Foi registrado um impacto na área administrativa, em especial na primeira semana de mobilização, quando os telefonemas não foram atendidos e processos administrativos deixaram de ser encaminhados, prejudicando sua tramitação regular.

JFRN:
Adesão de vários servidores de gabinetes das varas federais e de servidores novatos à greve, um fato novo comemorado pelo Sintrajurn, além da realização do primeiro arrastão naquela unidade da Justiça Federal como forma de mostrar a unidade da categoria.

Comunicação do Sintrajurn

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