Sindicato dos Trabalhadores do
Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

Corte no salário de funcionários públicos não é a solução

quarta-feira, 25 de março de 2020.

Estamos vivendo um momento de pandemia e no mundo todo medidas estão sendo tomadas para a contenção da propagação do novo Coronavirus. Com um isolamento social maciço é notório que a economia enfrenta e enfrentará duros desafios. Medidas são anunciadas por todo o globo, inclusive no Brasil. A diferença é que por aqui o alvo principal são os trabalhadores.
A primeira foi a Medida Provisória 927 de Jair Bolsonaro que permite redução salarial dos empregados do setor privado. Agora Rodrigo Maia, tentando fazer sua parte para agradar o Mercado Financeiro, mira os servidores públicos. Apesar da defesa do presidente da Câmara, o autor da proposta é o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) que afirmou que o objetivo será uma redução escalonada de salários:
 zero para quem ganha até R$ 5 mil;
 10% para quem ganha até R$ 10 mil;
 20% a 50% para salários superiores a R$ 10 mil.
De acordo com o deputado, a intenção é fazer a proposta tramitar junto com a que o governo enviará em relação aos trabalhadores privados.
Segundo o texto, a redução terá duração excepcional, enquanto permanecer o estado de calamidade pública aprovado pelo Congresso na última semana, isto é, até 31 de dezembro deste ano.
O problema é que a medida, se implementada, vai agravar profundamente a crise econômica que já vivíamos, dando a ela contornos de catástrofe com proporções apocalípticas.
Retirar dinheiro de circulação como quer Maia e Bolsonaro é exatamente o oposto das medidas implementadas no Estados Unidos, China e Europa no enfrentamento à crise do coronavirus. É o caminho errado.
Em um momento como esse, não vemos serem apresentadas propostas para taxação de grandes fortunas ou aumento de impostos para banqueiros, por exemplo. O esforço é sempre exigido dos trabalhadores, de quem mais precisa.
Vamos resistir a mais esse ataque. A Fenajufe já está acionando as Assessorias Jurídica Nacional, Econômica e Parlamentar para construção de saídas ao problema posto. E nós precisamos pressionar.





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