Fenajufe orienta participação na Marca Ocupa Brasília

quinta-feira, 11 de maio de 2017.

O governo de Michel Temer sentiu o peso da Greve Geral de 28 de abril. Foram mais de 250 cidades protestando e cerca de 40 milhões de trabalhadores envolvidos na maior paralisação da história do Brasil.

Ainda que tentando amenizar os efeitos da Greve Geral em seus discursos públicos, a avaliação do núcleo central do governo é que o movimento foi potencialmente danoso ao apoio à Reforma da Previdência no plenário da Câmara, e, mesmo a aprovação do texto-base da reforma na Comissão Especial, exigiu do governo contorcionismo político e escandaloso balcão de negócios para negociatas por votos. O governo está acuado! Mas não está derrotado.

Não só acuado como também disposto a pegar ainda mais pesado contra os trabalhadores brasileiros, na defesa dos interesses do grande patronato que financia campanhas eleitorais a peso de ouro. Medidas estão em curso, por orientação de Brasília, também nos estados, para dificultar mobilizações e atos dos trabalhadores. A violência e truculência com que as PMs trataram o trabalhador brasileiro, explicitam o caráter de exceção que recai sobre o País.
O governo está acuado, mas vai atacar os trabalhadores com armas e negociatas, para aprovar a reforma da Previdência. Por isso é imperioso que estejamos atentos aos movimentos do governo e em constante avaliação. A Fenajufe chama os seus sindicatos de base para mobilizar e engrossar as fileiras da luta contra a retirada de direitos.

Para garantir a unidade e o fortalecimento desta luta que é de todos nós, a Fenajufe CONVOCA os sindicatos filiados a intensificarem as mobilizações e a pressão sobre os parlamentares.

A Fenajufe CONVOCA ainda os sindicatos a enviarem caravanas a Brasília para pressionar os deputados já nesta semana.

A Fenajufe CONVOCA os sindicatos de base a intensificarem a presença na capital federal no dia 17 de maio, data em que ocorre o ato das Centrais no Congresso Nacional.

A Fenajufe CONVOCA os sindicatos filiados a ocuparem Brasília no dia 24 de maio, data em que acontecerá a Marcha Ocupa Brasília. O Fonasefe, em reunião nesta terça-feira (9), deliberou indicativo de paralisação no dia 24 de maio, como estratégia de mobilização e reforço da Marcha Ocupa Brasília.

Nas bases eleitorais dos deputados, nos estados, a pressão deve ser exercida diretamente sobre o parlamentar, seus redutos eleitorais, escritórios políticos e residências, com panfletagem, apitaços, atos e mobilizações diuturnas. Para isso, conforme orientação do Fonasefe, panfletos, cartazes e outdoors devem ser afixados na(s) cidade(s) base(s) eleitoral(ais) do deputado que votou a favor da PEC na Comissão Especial.

O alvo preferencial desses atos são os deputados indecisos e aqueles que ainda não manifestaram posição publicamente. Contatos deverão ainda ser mantidos com prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias ligadas aos parlamentares, sendo-lhes apresentados os argumentos que embasam nossa luta contra as reformas, bem como deixando claro que, aquele que votar pela reforma, será denunciado como traidor e inimigo do trabalhador brasileiro.

Traidores do trabalhador também são aqueles que votaram a favor da reforma da Previdência na Comissão Especial e a favor da reforma trabalhista, no Plenário da Câmara. Devem ser denunciados em cartazes, panfletos, vídeos para mídias sociais. Estes parlamentares devem ser responsabilizados diretamente pela perda de direitos e a marcação sobre eles também deverá ser cerrada e exemplar.

Nos aeroportos das capitais ou de quaisquer cidades de onde partam deputados rumo a Brasília, o "bota-fora" deve ser intensificado, da mesma forma que na recepção quando da chegada à Capital Federal, trabalho muito bem administrado pelo Sindjus/DF, mas que precisa do apoio dos demais sindicatos da categoria.

A Fenajufe lembra ainda que os sindicatos da base devem apoiar e participar das atividades convocadas pelas Centrais nos estados, como parte da construção da unidade entre as categorias.

A Fenajufe reforça a necessidade de intensificar as ações como forma de construção da segunda Greve Geral, desta vez com possibilidade de 48 horas, orientando ainda que essa construção é um exercício diário de cada servidor junto aos colaboradores com os quais interage cotidianamente, seja com auxiliares domésticos, frentistas, atendentes, repositores, enfim, todos os trabalhadores que compartilham convivência nos espaços coletivos e individuais.

Fonte: Fenajufe

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