Sindicato dos Trabalhadores do
Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

NÓS NASCEMOS. NÓS VENCEMOS!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015.

Em junho começou o movimento. Aquele "povo" do Sindicato passando nas salas, chamando o servidor para participar das assembleias. Numa dessas eu fui. No início, escutando aquelas "falas", me perguntava: o que danado estou fazendo aqui? E me escondia atrás das mais medíocres justificativas: estou velha, já lutei a minha luta, tenho os meus projetos fora do tribunal etc etc etc. Mas continuei indo às assembleias e, aos poucos, no silêncio, sentada numa cadeira branca, num cantinho debaixo de uma tenda, fui enxergando a magnitude do movimento. Muito mais do que a luta pela manutenção do PL 28 ou a derrubada do Veto 26 (lembrei-me de Denis) começava a enxergar, debaixo daquela tenda, o nascimento de novas pessoas, ou melhor, de uma pessoa: a Categoria dos Servidores do Poder Judiciário da União - PJU (nunca havia pronunciado isso). O colega da JF que me trazia uma cadeira, o colega do TRT que me trazia uma água, o remédio dado numa viagem (Ana, do TRT, salvou minha vida em João Pessoa, com a sua maleta de remédios), a conversa de pé de ouvido com o colega, como se amigo de infância fosse, mas que eu nem sabia o seu nome...e assim as coisas foram acontecendo e as relações se construindo. Fomos à Recife, recepcionar o carcará sanguinolento do Lewandowski, o que só reforçou os nossos laços. Estávamos muito organizados, mas e principalmente, estávamos muito unidos. O que nos identificava não era mais o tribunal a que pertencíamos, mas uma camiseta preta, um boné amarelo e uma vuvuzela. As idas à Brasília (sim, fui todas as vezes, mesmo sem ter pego o avião) com a angústia, com o "zap zap", com o barulho das vuvuzelas tocadas pelos colegas que ecoavam em nossos corações, com as reclamações da pousada, com o beliche apertado (eu também reclamei, mesmo sem ter dormido no beliche, a cama debaixo era muito apertada). Parecia que eu estava lá. E eu estava lá. Hoje, 24 de setembro de 2015, dia em que a assembleia foi encerrada, eu estava lá: sentada numa cadeira branca, debaixo de uma tenda, apenas com um copo d´agua (sumiram os risoles, os refrigerantes Dore, as pipocas Bokus, os picolés não sei qual a marca) e, apesar de toda a tristeza que se revelava no semblante de cada um de nós, que contabilizava o saldo negativo no banco de horas, eu estava feliz. Presenciamos e, possivelmente seremos vítimas, de relações espúrias, de pactos faustianos de causar espanto ao próprio diabo. Perdemos? Talvez, algumas coisas. Ganhamos? Certamente, muitas coisas. Ganhamos muito mais do que perdemos. Nossa vitória não é visível aos nossos olhos. Talvez não haja o tilintar do vil metal em nossos bolsos, pois o bem que conquistamos não se trata de um bem fungível. O bem conquistado foi o nascimento desse espírito de categoria, foi a certeza de que eu nunca estive só, ainda que sentada numa cadeira branca, debaixo de uma tenda. A minha vitória, a nossa vitória, tornou-se um bem inalienável e impenhorável. Tornou-se um bem de família, da nossa família: Categoria dos Servidores do Poder Judiciário da União - PJU. Que continuemos a luta e que venham tantas outras!

Fátima Régis
Sindicalizada ao SINTRAJURN

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