Sindicato dos Trabalhadores do
Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

Sintrajurn participa de Seminário anti-racismo no Rio de Janeiro

segunda-feira, 25 de novembro de 2013.

A Coordenadora do Sintrajurn, Maria Missilene, participou no Rio de Janeiro, na sexta-feira (22), do primeiro dia do Seminário Nacional da Fenajufe de Combate ao Racismo e Identidade Negra no Judiciário Federal e Ministério Público da União realizado pelo Sisejufe e Fenajufe.

O encontro discutiu a necessidade da sociedade e do movimento sindical intensificarem as iniciativas e propostas para fortalecer a luta contra o racismo. A implementação de cotas raciais em vários segmentos também foi defendido, inclusive para o movimento sindical. “Somos de uma categoria (Judiciário Federal) em que apenas 5% afirmam e reconhecem ser negros. O Sisejufe e a Fenajufe demonstram muita coragem ao promover o debate do tema. Esperamos sair daqui armados para combater o racismo”, defendeu Roberto Ponciano, diretor do Sisejufe e coordenador da Fenajufe.

A ex-diretora da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-RJ e professora do Colégio Pedro II, Glorya Ramos defendeu a urgência no combate a todas as formas de intolerância, seja racial, de gênero ou de qualquer tipo. Segundo ela, o racismo ainda “dá chibatadas na gente” quando muitos ainda tentam ofender chamando uma pessoa de negra. “Eu tenho alma negra. Minha alma tem cor. Não sou uma negra de alma branca. Tenho orgulho disso. Eu incorporo a resistência e enfrento a chibatada. Atualmente é preciso ter coragem para me ofender”, avisou.

O primeiro dia do seminário pela manhã contou com o painel Racismo Estrutural Brasileiro – Negros maioria na prisão e nas favelas e minorias nas universidades brasileiras e no serviço público e no Judiciário Federal e no MPU. Glorya Ramos destacou que vários setores do mercado de trabalho mantêm os negros em condição de minoria. Citou o sistema financeiro que tem menos de 5% de seus trabalhadores negros, o setor de Educação que também não abre espaço para quem não é branco e o Poder Judiciário.

“Na área da Educação, a maioria dos professores é branca. Você praticamente não vê professores negros no Ensino Superior. No sistema financeiro que mexe com dinheiro também não tem muitos negros. E no Judiciário, que representa ter poder, não se vê negros também. No mercado de trabalho, nós negros, sempre temos o nosso lugar reservado: nos cargos de limpeza e para fazer trabalho de esforço físico”, enumera.

Segundo ela, é preciso que as pessoas entendam melhora a política de cotas. Glorya defende que esse mecanismo servirá para que os negros também preencham espaços de poder. “Não podemos recuar quando tentam fraudar as cotas. Não me preocupo quando um branco que se diz negro que tomar esse espaço. Quero é colocar os 200 negros na vaga. A luta contra o racismo é um processo irreversível. Combater o racismo não é ficar contando histórias, lembrando o folclore”, adverte.

A professora de pós-graduação em Diversidade Étnica e Educação Superior Brasileira (Leafro) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Claudia de Paula, alertou que a sociedade não se espanta quando se deparam com crianças negras nos sinais de trânsito. Mas quando avistam um menor branco se escandalizam. “É uma questão hereditária e é um processo longo para ser resolvido”, afirmou.

Ela destacou duas recentes pesquisas feitas: uma pelo Ipea e outra pela Secretaria Nacional da Juventude. De acordo com números do Ipea, das 60 mil mortes anuais no país a maioria é de jovens. “De cada 100 mortos 36 são negros e pardos e apenas 15 são brancos. Mas esse número alto de negros mortos não alarmam as pessoas que só ficam chocadas quando um menino banco é morto violentamente”, destacou.

I Seminário Nacional da Fenajufe de Combate ao Racismo e Identidade Negra no Judiciário Federal e MPU terminou no sábado, dia 23 de novembro, com a elaboração de um documento para a Fenajufe e para a comissão de combate ao racismo.

Para a coordenadora do Sintrajurn, Maria Missilene, discussões como esta são de extrema importância. "Considero relevante o debate referentes a estas questões levantadas pela Fenajufe", disse.

Com informações do Sisejufe

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