Sindicato dos Trabalhadores do
Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

A “dispensa” da FC e a desumanização do ato burocrático

segunda-feira, 1 de julho de 2013.

Completei 50 anos no dia 10 de junho, uma vitória, um sonho. Dois dias após o meu aniversário, 12 de junho, recebi um e-mail de felicitações, porém, no mesmo dia, a mesma mão que o redigiu, assinou uma portaria me “dispensando” de uma função comissionada. Ironias do destino que ainda me surpreendem aos 50. Devo caminhar... é só o que sei, sabendo que a vida é essa eterna cena farsesca.

Como ocorreu com muitos outros colegas nesses 21 anos de tribunal, não perguntaram como estava a minha vida ou quais eram os meus problemas, apenas decidiram o meu descarte. Claro que me senti mal, ou melhor, péssimo. Até este momento, sei que sou humano, frágil e mortal, como qualquer um, merecedor de um mínimo de respeito, se é que é possível. Sei que a minha história é igual a dos outros, pois é prática, ato contínuo, burocracia insensível e desumana recorrente no TRT21 e nada mudará isso.

Outro fato perturbador é que a portaria sai no meio do mês e terei que pagar no mês seguinte o valor que recebi a mais. Resultado, no mês seguinte, sem gratificação, terei o salgado desconto da diferença. Naturalmente, isso não importa a ninguém, o problema é apenas meu, da minha mulher, dos meus filhos e do meu cachorro.

Há tempos é preciso mudar certas práticas, criar outros mecanismos. É fundamental corrigir essa realidade e fazer surgir na frieza burocrática deste tribunal um pouco, minimamente, do “amor ao próximo” tão anunciado por Cristo. Quem será o próximo? Que próximo é esse e o que ele representa? O que torna alguém especial, merecedor, digno de algo neste tribunal? O que terá registrado em sua ficha funcional para perder ou ganhar algo? Subjetividades, nem sempre tão subjetivas.

Sou grato a quem confiou no meu trabalho e me honrou com uma função comissionada: Doutora Joseane. Observou-me durante alguns meses para concluir se eu merecia a função. Gostei disso, senti firmeza na confiança que me foi dada. Bela lição que trago na alma.

Resta caminhar sob a chuva, adiar pagamentos, cortar despesas e resistir às angústias. Outra ironia: ontem recebi o convite para revisão médica no TRT. Conclui que não é o momento, pois estou doente de tristeza e decepção com o TRT e, para isto, tenho certeza, não encontrarei remédio.

Por Janilson Sales de Carvalho - Coordenador Geral do SINTRAJURN

ranitidine megaedd.com ranitidine overdose
free cialis coupon 2016 go cialis free sample coupons
kamagra wikipedia sentencingguidelines.co.uk kamagra oral jelly avis
abortion clinics houston how to get an abortion pill abortion procedures





Clique Aqui para voltar.