Nossa homenagem aos pais
sexta-feira, 9 de agosto de 2013.
O que é ser pai? Esta pergunta exige alguma reflexão. Mistura-se sempre o pai com o genitor. Sabemos que muitas vezes o pai não é o genitor e nem o genitor é o pai. Crianças abandonadas e abortos são provas suficientes de que estes papéis são diferentes. O genitor está no momento da fecundação e, possivelmente, pode vir a ser pai. Mas, esta será uma escolha individual para exercer um papel social. Muitos recusam este papel e lançam, ao acaso do destino, mulheres e crianças. Abdicam do papel de pais e assumem o de algozes.
Pai é protetor, companheiro e amigo. Uns são carinhosos, outros rústicos. Procuram ser iguais ou diferentes dos pais que tiveram, seguindo suas próprias avaliações. Mas, sempre cuidam, protegem, entre gritos e beijos.É esse tempo de cuidados que constrói os papéis de pais e filhos. É um tempo provisório que irá marcá-los por toda a vida.
Um dia os filhos não precisam de todos os cuidados e partem. Muitas vezes partem sem avisos ou despedidas, como na morte. Assim mesmo, todas as histórias de ambos permanecem registradas no que fica e no que parte em um pacto de amor. Objetos e memórias se entrelaçam em pequenos segredos revelando o ausente.
É a proteção que torna alguém pai, por isso, o pai não precisa ser o genitor. Quando são crianças, o pai leva os filhos para passear, resolve seus problemas e zela por sua saúde. Ao ficar idoso passa a receber os mesmos cuidados dos filhos, se a família foi construída com amor e respeito.
Nesta troca de papéis, quem é o pai? Agora temos um filho-pai ou um pai-filho? Ou temos os dois em seus papéis de protetores e protegidos? O que temos é uma relação de amor entre pessoas que souberam aproveitar a oportunidade que a vida lhes deu de conhecer, proteger e amar alguém especial que um dia soube ser pai e, também, ser filho.
Escrito por Janilson Sales de Carvalho
Coordenador Geral do SINTRAJURN
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